Musgo de Java

Antes de mais nada é bom esclarecer que há duas plantas que são conhecidas popularmente como Musgo de Java. Originalmente usava-se esse nome para fazer referência ao Vesicularia dubayana, mais recentemente em alguns meios a denominação tem sido usada para referir-se ao Taxiphyllum barbieri e passou-se a usar a denominação Musgo de Singapura para o Vesicularia dubayana. Como por enquanto a denominação original ainda prevalece esse artigo refere-se ao Musgo de Java “original”.

Saiba mais sobre esse aliado do aquarista

Com certeza essa é a espécie de musgo mais popular em aquários e paludários do mundo inteiro. Não é sem motivo. Essa plantinha do sudeste asiático é de facílima manutenção e requer pouquíssimos cuidados. Tolera uma ampla faixa de temperaturas temperaturas, dispensa CO2 e não exige luminosidade excessiva. Além disso o Musgo de Java possui grande capacidade de absorção de elementos tóxicos, especialmente o fósforo. Nisso ele só é superado pelas plantas de superfície.

Vesicularia dubayana
Vesicularia dubayana – foto: Marcelo Morsbach Dias

Não possui raízes, podendo ser mantido solto dentro do aquário. É uma excelente solução para aquários de reprodução de vivíparos e de peixes cujos ovos desenvolvem-se sem problemas no fundo do aquário. Oferece proteção aos ovos e alevinos e ainda serve de alimento para os últimos. Se você reproduz vivíparos evite as famigeradas criadeiras! Mantenha a fêmea que vai parir em um pequeno aquário de 20 ou 30 litros sem substrato e com uma generosa porção de Musgo de Java.

Em aquários plantados o musgo também pode ser usado preso a troncos, pedras ou qualquer material poroso. Para isso no início amarre-o ao troco ou às pedras com linha de costura verde. Cerca de 30 dias depois você pode retirar a linha pois ele já terá aderido ao suporte. A partir de então basta ir podando conforme ele for crescendo, especialmente se o aquário é bem iluminado, pois ele pode rapidamente tornar-se uma verdadeira floresta.

Propagação

A propagação do Musgo de Java é extremamente fácil, basta podar conforme vai se alastrando e usar os segmentos que foram cortados na poda para formação de novas mudas. Se por acaso você desejar aumentar a taxa de crescimento pode usar injeção de CO2 com moderação. Exagerar no CO2 fará com que seu musgo fique coberto de algas filamentosas. Também é interessante o uso de fertilizantes líquidos que contenham ferro em sua formulação ou até um pouco de laterita.