Plantas de Superfície em Aquários – Parte 2

Continuando nossa série sobre plantas de superfície em aquários vamos hoje abordar mais duas famílias ou espécies que podem ser usadas para combater resíduos tóxicos e proporcionar abrigo à micro-fauna de seu tanque.

Azolla sp.

Popularmente conhecida como musgo d’água. Vista de longe pode ser confundida com a lemna, apenas de coloração mais escura e avermelhada, mas vista de perto é bastante diferente. Trata-se na verdade de uma samambaia aquática flutuante. Cada planta consiste em um tronco curto ramificado e flutuante com um tufo de raízes pendentes submersas com folhas dispostas alternadamente. Em países asiáticos é muito usada como adubo (é rica em nitrogênio) e como alimento para o gado. Excelente despoluidora, sua capacidade de absorver resíduos, inclusive metais pesados, faz com que seja utilizada inclusive em tratamento de esgotos. Sua propagação é por esporos, o que faz com que não se prolifere tão intensamente quanto a maioria das plantas de superfície em aquários.

azolla sp.
azolla sp. – Foto: Marcelo Morsbach Dias

Pistia stratiotes

Popularmente conhecida no Brasil como alface d’água ou repolho d’água. É uma planta flutuante folhas grossas dispostas em forma de roseta e um tufo de raízes submersas. A literatura especializada menciona folhas com até 14 centímetros, mas com iluminação artificial em aquário o comprimento típico é de 3 a 4 centímetros. Pode reproduzir-se por sementes ou por propagação vegetativa. Prolifera-se rapidamente, principalmente em águas poluídas. Apesar disso seu tamanho mais avantajado faz com que seja fácil conter a reprodução excessiva em aquários. Seu longo tufo de raízes é excelente abrigo para alevinos e para a microfauna do tanque.

pistia stratiotes
pistia stratiotes – Foto: Marcelo Morsbach Dias

Leia também:
Plantas de Superfície em Aquários – Parte 1